AREAL, MEU BAIRRO...
AS OBRAS TERMINARAM
Dois meses e alguns dias antes do prazo contratual, as obras que modernizaram o bairro do Areal terminaram. A provar isso está o espaço que foi ocupado como estaleiro, na margem esquerda do rio, agora deserto. É certo que ainda falta um retoque aqui, outro ali, mas terminaram.
Que ganhou o bairro com estas obras? Muito, e esse muito está essencialmente enterrado: novas redes de esgoto, de água, de electricidade e de gás. Ms também novos pavimentos a condizer com a antiguidade de local, um dos polos do nosso Centro Histórico polinucleado, que poderá turisticamente ser interessante num futuro próximo, se a autarquia e os particulares trabalharem para isso, pois lá ficam o as muralhas da Porta da Conceição ou do Carvalho (agora cercando o anfiteatro), a velhinha igreja da Várzea, actualmente Casa Museu Damião de Góis e das Vítimas da Inquisição, o antigo Celleiro Real cuja história remonta ao pós-invasões francesas, edifício que alberga o Museu do Vinho, tudo isto servido por um funcional e bem dimensionado parque de estacionamento no Terreiro dos Judeus, junto ao rio.
Mas... No meio de tudo isto, ainda temos por aqui algumas pontas esquecidas: a desprezada (por particulares) Torre da Couraça, e que bem que ela ficava coroada por um novo edifício que albergasse o Arquivo Histórico Municipal, passando assim a ser a "Torre da Memória". Os antigos lavadouros municipais, que neste PEDU foram tratados como vindo a dar lugar a um Centro de Interpretação do Rio Alenquer, passando as casas mortuárias para o cemitério novo. A Real Fábrica de Papel, edifício de 1803, que se sonhou (?) ver transformada em Escola Superior. Será que ainda um dia veremos tudo isto?
Do boneco inicial ficaram no tinteiro as duas pontes pedonais assinaladas. Uma a da esquerda dispensável, a da direita, para a avenida Jaime Ferreira, que seria de grande utilidade. Quanto à que lá está, para quê eliminá-la? Já lá está, está muito bem, e do que ela precisa é de tinta e de limpeza. Entretanto se o PEDU da margem esquerda (parque das Tílias, Jardim das Água e o inacabado parque adjacente) avançar sempre pode ser que venha o que agora faltou. Olhem, que interessante seria, em vez de uma das pontes, uma estrutura/ponte pedonal ligando este espaço à Mata do Areal (de tão mau e perigoso acesso pedonal) que um caminho/passadiço ligaria ao mirante da Boavista. Sei que sonhar é fácil, mas em Alenquer, à falta de tanta coisa (e, sejamos justos, depois de termos já alcançado tanta coisa), vamos-nos habituando a sonhar...